Desenvolvimento da linguagem e seu impacto sobre o desenvolvimento psicossocial e emocional da criança


University of Toronto, Canadá
, Ed. rev. (Inglês). Tradução: julho 2011

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Introdução

A linguagem é fundamental para a vida social. O desenvolvimento da fala e da linguagem é um alicerce para resultados positivos na vida futura. No entanto, a competência de fala e de linguagem não progride normalmente para um número considerável de crianças, e as pesquisas mostram que essas crianças correm mais riscos de apresentarem problemas psicossociais posteriores do que aquelas que não têm comprometimentos da fala ou da linguagem. 

Os estudos produziram evidências convincentes de que os resultados psicossociais de comprometimentos de linguagem em crianças e adolescentes são desproporcionalmente problemáticos; algumas desvantagens persistem até a idade adulta. Esses resultados incluem desvantagens persistentes de competência em fala e linguagem, funcionamento intelectual, ajustamento e realizações educacionais, comprometimentos psicossociais, e maior probabilidade de distúrbios psiquiátricos. Os insights-chave salientados aqui implicam a necessidade de identificação precoce de problemas de linguagem, e intervenções eficazes em problemas de linguagem e questões cognitivas, acadêmicas, comportamentais e psicossociais correlatas, e prevenção da vitimização dessa população. O apoio a crianças e adolescentes que têm comprometimentos de linguagem é particularmente importante no contexto escolar. 

Do que se trata

Há fortes evidências da associação entre comprometimentos de fala e de linguagem e transtornos psiquiátricos.1,2,3  Crianças que têm comprometimentos de fala e de linguagem apresentam taxas mais altas de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e de Transtornos da Ansiedade na infância e na adolescência.2,5,6,7 Habilidades verbais deficientes têm sido associadas a delinquência juvenil e problemas de conduta, particularmente em meninos.8,9 Crianças que têm comprometimentos de linguagem na infância tendem a ter mais problemas comportamentais imediatos e futuros do que as que apresentam desenvolvimento típico.10,11,12,13 Mais do que comprometimentos apenas de fala, os comprometimentos de linguagem estão associados a problemas comportamentais persistentes.10,11 Jovens que têm comprometimentos de linguagem frequentemente têm também comprometimentos sociais, e podem ser alvo de bullying ou ser socialmente excluídos por seus pares.10,14,15 Estudos que acompanharam crianças encaminhadas para tratamento clínico de problemas de linguagem registraram problemas sociais persistentes na vida adulta.16 

Comprometimentos de linguagem estão consistentemente associados com pobre desempenho acadêmico na infância e na adolescência. Crianças e jovens encaminhados para tratamento clínico de problemas de linguagem têm, em média, desempenho acadêmico inferior ao de crianças da população em geral.17,18,19 Esses resultados foram corroborados em estudos epidemiológicos prospectivos.20,21,22,23 Crianças com comprometimento de linguagem aos cinco anos de idade apresentaram probabilidade oito vezes maior de terem Transtornos de Aprendizagem aos 19 anos de idade que crianças que não apresentavam essas comprometimentos.21 Pesquisas recentes indicam que crianças com comprometimento de linguagem diferem de crianças com desenvolvimento cognitivo e processamento de informações normais, inclusive de memória de curto prazo e do processamento auditivo.24,25,26

Problemas

A pesquisa sobre os resultados de comprometimentos de fala e de linguagem está incompleta. Em primeiro lugar, muitos estudos que relatam resultados de longo prazo dos comprometimentos de fala e linguagem utilizaram amostras encaminhadas para tratamento clínico, e não amostras baseadas na comunidade. Esses estudos não representam o espectro de comprometimentos de fala e linguagem. Indivíduos encaminhados para tratamento tendem a apresentar comprometimentos mais sérios e mais perceptíveis do que aqueles que não são encaminhados. Tendem também a ter outros problemas associados, particularmente problemas comportamentais que atraem a atenção e motivam o encaminhamento,27 ao passo que aqueles que têm problemas mais sutis – frequentemente as meninas – podem passar despercebidos.27,28 Em segundo lugar, a maioria dos trabalhos sobre conseqüências, na vida adulta, de comprometimentos de fala e de linguagem presentes na infância, são estudos retrospectivos, que geram dificuldade para garantir  dados objetivos sobre o histórico de linguagem. Em terceiro lugar, muito poucos estudos de amostras não encaminhadas para tratamento publicaram resultados para além da adolescência, até a vida adulta. Em quarto lugar, alguns estudos sobre consequências na vida adulta envolvendo amostras com comprometimentos de linguagem não utilizaram grupos de controle equiparados, o que limita gravemente as inferências que se possa fazer a respeito. Em quinto lugar, os estudos disponíveis raramente incluem medidas de resultados nas diversas áreas de funcionamento. Esta é uma limitação fundamental, porque problemas em outros domínios do funcionamento psicossocial podem persistir mesmo que os comprometimentos de fala e linguagem tenham sido resolvidos. Avaliações mais amplas também podem identificar áreas mais fortes e semelhanças entre indivíduos com comprometimentos de linguagem e indivíduos com desenvolvimento típico. Por fim, é necessário dar mais atenção aos contextos sociais em relação aos resultados de comprometimentos de fala/linguagem.28,29 Por exemplo, poucos estudos examinaram diretamente o gênero em relação aos resultados de comprometimentos de linguagem; a maioria daqueles que o fizeram focalizou crianças pequenas.15,30

Contexto de pesquisa

O Ottawa Language Study – OLS é o primeiro estudo populacional envolvendo crianças com comprometimentos de linguagem que foram acompanhadas até a vida adulta.31 Uma amostra composta por uma de cada três crianças de cinco anos de idade, da região Ottawa-Carleton, em Ontário, Canadá, falantes do Inglês, foi submetida a uma triagem de fala e linguagem por fonoaudiólogos especializados.32 O procedimento resultou em uma amostra de 142 crianças com comprometimentos de fala e/ou linguagem. Simultaneamente, foi recrutada uma amostra controle de 142 crianças pareadas por idade e sexo, das mesmas classes ou escolas das crianças que apresentavam comprometimento. As duas amostras foram avaliadas quanto a funcionamento cognitivo, desenvolvimental, emocional, comportamental e psiquiátrico.6 Três estudos longitudinais dos participantes originais do projeto foram realizados quando eles tinham 12, 19 e 25 anos de idade.2,7,31 A taxa de retenção escolar encontrada em cada um desses estudos longitudinais   excedeu 85% da amostra original. Está em andamento um quarto estudo longitudinal (31/32 anos de idade).

Questões-chave de pesquisa

Algumas das questões-chave colocadas por esse estudo foram: os comprometimentos de linguagem persistem? Estão associados a problemas comportamentais na infância, na adolescência ou na vida adulta? Predizem realizações acadêmicas, desempenho educacional ou desenlaces vocacionais? Comprometimentos de linguagem na infância estão associados a maior frequência de distúrbios psiquiátricos ao longo da vida? Os resultados psicossociais de comprometimentos de linguagem são diferentes para meninas e meninos?

Resultados de pesquisas recentes

Os comprometimentos de linguagem frequentemente persistem na vida adulta.33,34 Comprometimentos que envolvem apenas a fala normalmente desaparecem, assim como os problemas psicossociais associados a eles.2,33  No OLS, crianças e adolescentes com comprometimentos de linguagem na infância apresentaram taxas significativamente altas de problemas comportamentais e de distúrbios psiquiátricos, especialmente ansiedade, em comparação com controles com linguagem típica, aos 5, 12 e 19 anos de idade.2,6,7  Houve mais ocorrências de fobia social no grupo com comprometimentos de fala/linguagem; os distúrbios da comunicação podem constituir uma rota diferencial para a fobia social.35 Problemas de externalização, particularmente TDAH e delinquência, foram associados a comprometimentos de linguagem em meninos, mas não em meninas;11 as taxas de distúrbios de personalidade antissocial no sexo masculino foram quase três vezes mais altas do que nos controles com linguagem típica.2 Meninas com comprometimentos de linguagem tinham probabilidade três vezes maior de ter sofrido abuso sexual na infância ou na adolescência do que meninas do grupo controle;28 essa diferença não se deveu a diferenças de status socioeconômico entre os grupos com e sem comprometimento de linguagem.  

Aos 25 anos de idade, as taxas de distúrbios psiquiátricos foram mais baixas entre os participantes de ambos os grupos do que aos 19 anos de idade.36 Além disso, a qualidade de vida, a satisfação no trabalho e o apoio social percebido foram igualmente altos nos dois grupos.31 Os participantes com comprometimentos de linguagem revelaram menor propensão a participar de educação pós-ensino médio ou a concluir esse nível de ensino do que aqueles do grupo controle; 75% tinham concluído o ensino médio. Adultos jovens com comprometimentos de linguagem tinham a mesma probabilidade de estar empregados que os controles com linguagem típica, e frequentemente haviam escolhido empregos em áreas que não exigiam muita habilidade verbal. As mulheres com comprometimentos de linguagem tiveram filhos mais cedo do que aquelas que tinham linguagem típica; 50% delas já tinham filhos aos 25 anos de idade.31 Em parte, a maternidade mais precoce pode refletir as menores oportunidades de emprego para mulheres que não alcançaram a  educação pós-ensino médio – excluindo-se empregos tradicionalmente masculinos, como os de construção civil.

Conclusões

O estudo OLS mostrou que os resultados na infância e na adolescência para crianças que apresentam um histórico de comprometimentos de linguagem são nitidamente mais negativos do que os de crianças que não têm comprometimentos de linguagem, ou que têm apenas comprometimentos de fala. Crianças com comprometimentos de linguagem apresentaram déficits proeminentes imediatos e de longo prazo nas áreas linguística, cognitiva e acadêmica em comparação com pares sem comprometimentos precoces de linguagem, e concluíram menos etapas educacionais. Meninos com comprometimentos de linguagem mostraram-se em risco de apresentarem comportamento delinquente e antissocial; meninas com comprometimentos de linguagem tiveram maior probabilidade de sofrer abuso sexual ou de maternidade mais precoce.31 No entanto, aos 25 anos de idade, os jovens com comprometimentos de linguagem tinham a mesma probabilidade de estar empregados que os controles com linguagem típica, e os grupos não diferiram quanto à qualidade de vida e de apoio social percebido. 

Implicações para perspectivas de políticas e de serviços

Crianças que têm comprometimentos de linguagem apresentam resultados relativamente precários na infância e na adolescência. Têm maior probabilidade de apresentar distúrbios de ansiedade, que têm impacto negativo sobre a qualidade de vida dos adultos afetados e custos econômicos e de cuidados de saúde substanciais.37 Além disso, os comprometimentos de linguagem na infância tendem a persistir, e seu impacto pode ser observado da infância até o início da vida adulta. As pesquisas confirmam a eficácia de intervenções precoces em linguagem.38 Os profissionais que atuam na área da fala e da linguagem devem continuar a educar o público e outros profissionais a respeito da importância da intervenção precoce em linguagem. 

Ao mesmo tempo, o aumento do bem-estar entre os 19 e os 25 anos de idade, apesar da persistência de déficits de linguagem, sugere que as diferenças entre contextos sociais podem desempenhar um papel importante nos problemas psicossociais de jovens com comprometimentos de linguagem. As exigências dos ambientes escolares, em particular, podem constituir estressores que exacerbam os problemas dos jovens com comprometimentos de linguagem. Por exemplo, crianças com comprometimentos de linguagem podem sofrer provocações sistemáticas (bullying) na escola,14 e muitos jovens com comprometimentos de linguagem relatam medo de falar diante dos outros.35 Diferentemente dos jovens que concluem a educação compulsória, os adultos com comprometimentos de linguagem conseguem escolher vocações compatíveis com seus pontos fortes, e que dependem menos de habilidades verbais.16,31  Esses resultados sugerem a necessidade de sistemas fortes de apoio nas escolas a jovens que apresentam esses comprometimentos e atenção a todos os aspectos de seu ambiente escolar. É necessário também levar em consideração o gênero nas intervenções para jovens com comprometimentos de linguagem. Em especial, a prevenção da vitimização precisa ser incorporada ao trabalho com esses jovens, principalmente com as meninas. Crianças que têm um histórico de comprometimentos de linguagem são mais propensas a apresentar problemas variados do que seus pares não afetados e, como tal, podem beneficiar-se mais de intervenções precoces. Isto demonstra a urgência da identificação precoce de comprometimentos de linguagem, além de desenvolvimento e manutenção de programas de tratamento comprovadamente eficazes, que abordem a multiplicidade de adversidades enfrentadas por essas crianças e, ao mesmo tempo, contribuam para sua resiliência e sua adaptação. 

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Para citar este artigo:

Beitchman J, Brownlie E. Desenvolvimento da linguagem e seu impacto sobre o desenvolvimento psicossocial e emocional da criança. Em: Tremblay RE, Boivin M, Peters RDeV, eds. Rvachew S, ed. tema. Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância [on-line]. https://www.enciclopedia-crianca.com/desenvolvimento-da-linguagem-e-alfabetizacao/segundo-especialistas/desenvolvimento-da-linguagem-e-0. Atualizada: Fevereiro 2010 (Inglês). Consultado em 28 de março de 2024.

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