O papel dos pais na promoção da aprendizagem e no desenvolvimento da linguagem de crianças pequenas


New York University, EUA
, Ed. rev. (Inglês). Tradução: julho 2011

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Introdução

Durante os primeiros anos de vida, as crianças passam por importantes mudanças em seu desenvolvimento em diversas áreas. Em especial, a aquisição da «linguagem formal» é uma das realizações mais extraordinárias no desenvolvimento inicial. A linguagem habilita a criança a compartilhar significados com outras pessoas e a participar da aprendizagem cultural com recursos sem precedentes. Além disso, a linguagem constitui a base da prontidão para a escola e das realizações escolares, o que explica uma imensa quantidade de trabalhos de pesquisa que buscam compreender os fatores sociocontextuais que sustentam a linguagem e as aprendizagens iniciais da criança. Este trabalho é igualmente de grande interesse para profissionais, educadores e formuladores de políticas que procuram promover resultados positivos no desenvolvimento de crianças pequenas. 

Do que se trata 

Pesquisadores especializados em desenvolvimento há muito vêm manifestando interesse na documentação de experiências sociais que possam explicar variações da linguagem e da aprendizagem1,2 entre crianças de um mesmo grupo e de grupos diferentes. Este trabalho tem sua base na produção de pesquisadores como Bruner3,4 e Vygotsky,5 para quem a aprendizagem acontece em um contexto sociocultural no qual pais e cuidadores apoiam ou orientam as crianças pequenas para que atinjam níveis mais elevados de pensamento e de ação. Sob esse ponto de vista, as crianças que têm seu desenvolvimento inicial em um ambiente familiar sensível e cognitivamente estimulante encontram-se em situação vantajosa no processo de aprendizagem. 

Problema 

A pesquisa sobre os fatores que promovem o crescimento positivo da linguagem e a aprendizagem em crianças pequenas é primordial para reduzir as diferenças de desempenho escolar entre crianças de diferentes origens étnicas, linguísticas, raciais e socioeconômicas. As crianças entram na escola com diferentes níveis de habilidades, e essas diferenças iniciais interferem, com freqüência, nos progressos da linguagem, no desenvolvimento cognitivo, na alfabetização e no sucesso acadêmico.6,7,8 Crianças que manifestam atraso no início do processo de escolarização são de risco para apresentarem, precocemente, dificuldades acadêmicas e são mais propensas à repetência, à inclusão em turmas para alunos com dificuldade e a não concluírem o ensino secundário.9,10,11 

Esses atrasos são especialmente frequentes em crianças que vivem em situação de pobreza. Crianças de famílias de baixa renda apresentam desde cedo um atraso em relação a seus colegas em habilidades de linguagem2,12 e desenvolvem o vocabulário a um ritmo mais lento em comparação com crianças de famílias economicamente mais favorecidas.7 Vocabulários receptivo e produtivo limitados, predizem  dificuldades posteriores na escola, em leitura e ortografia.8,13 

Contexto de pesquisa 

O perfil demográfico das populações minoritárias e imigrantes no Canadá e nos Estados Unidos mudou consideravelmente ao longo da última década, o que deu origem a pesquisas sobre as disparidades generalizadas existentes entre os níveis de prontidão para a escola entre crianças de diferentes origens étnicas, raciais e socioeconômicas.14,15,16,17,18 Uma vez que essas disparidades de aprendizagem entre os grupos já existem antes do jardim de infância, os pesquisadores e os profissionais tentam entender o papel do ambiente familiar da criança no processo de aprendizagem.19,20,21,22,23

Questões-chave de pesquisa 

A investigação sobre o papel do ambiente familiar no desenvolvimento da linguagem e na aprendizagem de crianças pequenas pode ser dividida em duas questões amplas: 1) Que aspectos das práticas parentais fazem diferença para a aquisição da linguagem e a aprendizagem na primeira infância, e por quê?; 2) Quais são os fatores que permitem aos pais oferecer um ambiente de apoio a seus filhos pequenos? 

Resultados de pesquisas recentes 

Que aspectos das práticas parentais fazem diferença e por quê? Três aspectos das práticas parentais foram destacados como centrais no desenvolvimento da linguagem e na aprendizagem de crianças pequenas: 1) A frequência de participação da criança em atividades de aprendizagem rotineiras – por exemplo, leitura compartilhada e contação de histórias; 2) A qualidade do envolvimento entre a criança e o cuidador – por exemplo, estimulação cognitiva e sensibilidade/responsividade dos pais; e 3) Fornecimento de materiais de aprendizagem adequados à idade da criança - por exemplo, livros e brinquedos.24 

Uma participação precoce e consistente em atividades rotineiras de aprendizagem, tais como leitura compartilhada, contação de histórias e brincadeiras com as letras do alfabeto, proporcionam à criança uma base essencial para a aprendizagem inicial, o desenvolvimento da linguagem e a base inicial para a alfabetização.25,26,27,28 Atividades rotineiras dão à criança pequena, que tem uma estrutura familiar que a ajude a interpretar os comportamentos e a linguagem dos outros, a antecipação da  sequência temporal dos acontecimentos e a elaboração de  conclusões a partir de novas experiências.29,30 Além disso, o envolvimento nessas atividades contribui para o enriquecimento do vocabulário da criança e de seus conhecimentos conceituais.31 Leitura e histórias orais compartilhadas facilitam o enriquecimento do vocabulário, a aquisição de habilidades fonêmicas, a construção do conceito da palavra impressa e o desenvolvimento de uma atitude positiva com relação à alfabetização.25,27,32,33,34,35 

São abundantes os estudos que indicam também que a qualidade da interação com os pais ou o cuidador tem um papel formativo no desenvolvimento inicial da criança em relação à linguagem e à aprendizagem. De fato, a quantidade e o estilo do vocabulário utilizado pelos pais para conversar com seus filhos estão entre os principais elementos preditivos do desenvolvimento da linguagem nos primeiros anos. As crianças são beneficiadas pelo contato com um discurso adulto rico e diversificado em informações sobre os objetos e os acontecimentos do seu ambiente.7,36,37 Além disso, crianças pequenas cujos pais respondem eventualmente, por meio de descrições orais e questões, às suas iniciativas de expressão ou exploração verbal, tendem a apresentar habilidades  de linguagem receptiva e produtiva, de consciência fonológica e de compreensão de histórias, mais avançadas.38,39,40,41 

Por fim, está demonstrado que o fato de fornecer material de aprendizagem – por exemplo, livros e brinquedos educativos – facilita o desenvolvimento da linguagem e a aprendizagem de crianças pequenas.42,43,44 Esse tipo de material propicia trocas entre a criança e o adulto com relação a ações e objetos específicos – por exemplo, quando um dos pais e seu filho fingem cozinhar. Nessas situações, o material funciona como uma ferramenta para trocas comunicativas, favorecendo o diálogo em torno de um centro de interesse comum. Mais precisamente, o acesso a brinquedos que permitem o jogo simbólico e estimulam o desenvolvimento da motricidade fina foi associado a habilidades precoces de linguagem receptiva, motivação intrínseca e atitude positiva diante da aprendizagem, por parte da criança pequena.45,46 Além disso, a familiaridade da criança com livros de histórias foi relacionada ao vocabulário receptivo e expressivo, bem como à capacidade inicial de leitura.26,27 

Que fatores permitem um prognóstico de práticas parentais positivas? Os pesquisadores concordam que as habilidades parentais são determinadas pelas características dos pais e de seus filhos. No que diz respeito aos pais, idade, grau de instrução, renda e origem racial ou étnica, entre outros, são fatores cuja relação com os três aspectos das práticas parentais foi discutida acima. Por exemplo: em comparação com mães mais velhas, as mães adolescentes demonstram níveis mais baixos de estímulo verbal e de envolvimento, são mais intrusivas e têm um discurso materno menos variado e menos complexo.47,48 Mães com baixa escolaridade leem para seus filhos com menor frequência25,49 e demonstram habilidades de linguagem, leitura e escrita menos sofisticadas,50 o que afeta a quantidade e a qualidade de sua interação verbal com seus filhos.2 O grau de escolarização dos pais, por sua vez, está relacionado à renda familiar: pobreza e pobreza persistente estão fortemente associadas a ambientes familiares menos estimulantes,51 e as crianças cujos pais vivem em situação de pobreza são de risco para apresentar dificuldades nos planos cognitivo, escolar e socioemocional.52,53 Por fim, mães hispânicas ou afro-americanas são, em média, menos propensas a ler para seus filhos do que mães brancas não hispânicas;54 e famílias latino-americanas hispanófonas têm menos livros infantis em casa do que outras famílias.25 Essas constatações étnicas e raciais talvez sejam explicadas pelas diferenças de recursos das famílias entre os grupos, uma vez que o status minoritário frequentemente está associado a vários riscos sociodemográficos. 

As características da criança, como sexo e ordem de nascimento, entre muitas outras, também são associadas a medidas iniciais de linguagem e aprendizagem. As meninas, por exemplo, tendem a apresentar uma pequena vantagem sobre os meninos nos estágios iniciais do desenvolvimento do vocabulário,55,56,57 e estudos revelaram que as famílias dedicam muito mais tempo às atividades ligadas à leitura com as meninas do que com os meninos.58 Os mais velhos têm, em média, um vocabulário um pouco mais vasto do que seus irmãos mais novos.59 Além disso, as mães diferem em sua linguagem, envolvimento e responsividade em relação aos  filhos mais velhos e os mais novos, sendo os mais velhos os mais favorecidos.60 

Lacunas de pesquisa 

Tendo em vista evidências que mostram que crianças de famílias de baixa renda e de grupos minoritários estão mais propensas a apresentar atrasos no desenvolvimento da linguagem e na aprendizagem quando entram na escola, devem ser realizados outros estudos para entender a razão dessas diferenças, e encontrar os meios mais eficazes de apoio aos pais para que ofereçam a seus filhos um ambiente familiar positivo. Pesquisas futuras devem investigar a maneira como os múltiplos aspectos da aprendizagem no ambiente familiar contribuem para o desenvolvimento da criança. Além disso, os estudos sobre «prontidão para a escola» devem abordar, em suas investigações, desde os primeiros anos da vida, uma vez que é nesse período que se desenvolvem as bases essenciais da linguagem e do conhecimento. Nesse aspecto, a pesquisa sobre o desenvolvimento da linguagem e prontidão para a escola de crianças de famílias que falam idiomas minoritários deve focalizar o modo como as línguas faladas em casa e fora de casa contribuem para a proficiência da criança, tanto na sua língua materna como no idioma inglês. Por fim, a maioria dos trabalhos de pesquisa sobre o contexto social no qual as crianças adquirem a linguagem e aprendem focaliza as interações das crianças com as mães. Tendo em vista a riqueza da rede social que forma o ambiente de bebês e de crianças pequenas, pesquisas futuras devem analisar as oportunidades de alfabetização oferecidas pelos diversos membros do universo social da criança pequena, entre os quais os pais, os irmãos, a família ampliada e os cuidadores. 

Conclusões 

Há evidências indiscutíveis da importância do desenvolvimento inicial da linguagem e da aprendizagem da criança para suas condições de prontidão, envolvimento e desempenho escolar no futuro. A experiência em casa tem importância crucial para a etapa inicial de desenvolvimento da linguagem e de aprendizagem. Em especial, há três aspectos do ambiente de letramento na família que favorecem esses processos: atividades de aprendizagem, tais como leitura cotidiana; qualidade das habilidades parentais, como responsividade; e materiais de aprendizagem, como brinquedos e livros adequados para a idade da criança. Além disso, pais com mais recursos – por exemplo, grau de escolarização e renda – têm melhores condições de oferecer aos filhos pequenos experiências de aprendizagem positivas. Por fim, as crianças desempenham, igualmente, um papel importante em suas próprias experiências de aprendizagem, como exemplificam as relações entre características da criança e comportamentos dos pais. As crianças exercem influência sobre os pais, assim como os pais exercem influência sobre os filhos; portanto, é primordial reconhecer a natureza transacional das experiências iniciais de aquisição de linguagem e de aprendizagem.61 

Implicações 

A pesquisa sobre o ambiente em que acontece a aprendizagem inicial das crianças é relevante para formuladores de políticas, educadores e profissionais que procuram promover o desenvolvimento da linguagem e a aprendizagem de crianças pequenas. Intervenções e medidas preventivas devem visar aos diversos aspectos do ambiente em que ocorre o desenvolvimento inicial da linguagem e a aprendizagem das crianças, entre os quais o apoio aos pais no provimento de atividades que promovam a alfabetização, o envolvimento sensível e responsivo, e material adequado à idade, que facilite a aprendizagem. Além disso, esses esforços devem acompanhar precocemente o desenvolvimento, uma vez que as crianças podem tirar melhor proveito de um ambiente familiar estimulador durante os anos formativos de rápido crescimento da linguagem e da aprendizagem.22,62,63 Por fim, intervenções destinadas aos pais que visam favorecer a aprendizagem infantil devem levar em conta o contexto cultural do desenvolvimento inicial ao lidar com pais de diferentes backgrounds; e devem considerar também o contexto social mais amplo das práticas parentais, levando em conta os obstáculos criados pela pobreza e pelo baixo nível de instrução dos pais.  

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Para citar este artigo:

Tamis-LeMonda CS, Rodriguez ET. O papel dos pais na promoção da aprendizagem e no desenvolvimento da linguagem de crianças pequenas. Em: Tremblay RE, Boivin M, Peters RDeV, eds. Rvachew S, ed. tema. Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância [on-line]. https://www.enciclopedia-crianca.com/desenvolvimento-da-linguagem-e-alfabetizacao/segundo-especialistas/o-papel-dos-pais-na-promocao-da. Atualizada: Novembro 2009 (Inglês). Consultado em 28 de março de 2024.

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